Histórico

Conta-se que em meados dos anos 40 e 50, toda uma área de floresta nativa onde hoje é o entorno do Parque Estadual "Carlos Botelho" estava sendo cada vez mais devastada e invadida por pessoas que dali extraiam carvão, derrubando árvores centenárias, em busca riquezas. Era o ciclo do carvão.


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Muitas famílias abastadas da região herdaram suas riquezas dessa atividade quase que desenfreada. Quase desenfreada porque chegou um momento em que finalmente o Governo tomou uma ação e literalmente "passou a régua" no mapa, demarcando definitivamente as fronteiras da reserva florestal, hoje o Parque Estadual "Carlos Botelho".

Com isso, toda uma área ao norte no entorno da reserva florestal onde essa atividade estava sendo realizada, ficou sem dono! E o Governo, através de incentivos, buscou vender essas terras aos interessados, as chamadas terras devolutas do Estado.


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Dizem os antigos que um certo funcionário do Governo, Procurador de Terras, como não podia comprar as terras em seu nome, arrumou um "parceiro", e comprou toda a área ao norte da divisa da Reserva Florestal utilizando-se do nome desse "parceiro". Um total de mais de 2.420.000m2 (242 hectares).

O tal “parceiro" era um senhor já de idade, lavrador, humilde e que mal sabia assinar o próprio nome, chamado José Galdino dos Santos. Logo após a aquisição, o sr. José Galdino abdicou-se de quase toda a área em favor do tal Procurador de Terras do Governo e em troca dos favores concedidos recebeu uma parte das terras, aproximadamente 500.000m2 em seu nome (50 hectares).


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Essa área no meio da gleba vendida pelo Governo acabou sofrendo menos intervenção de carvoarias, madeireiras. Até foi instalada uma pequena olaria, mas não foi dado continuidade.

Após idas e vindas, essa área foi adquirida pelos atuais proprietários e se tornou o Parque da Onça Parda. O POP, como é chamado, é cortado por 2 rios: o Monjolinho e o Ribeirão Bonito, onde abriga uma grande parcela de mata atlântica preservada contendo animais característicos da fauna local como o Mono-Carvoeiro (maior primata das Américas), Anta, Macaco Prego, e inclusive a Onça Parda.

O nome do Parque foi batizado pela bióloga Paula Fogaça que em suas pesquisas na área identificou rastros e pegadas da Onça Parda (Puma Concolor).



Atualmente o Parque da Onça Parda busca preservar a mata nativa remanescente e recuperar as áreas degradas através de plantio de mudas nativas contribuindo para a sobrevivência da fauna no local.



Para um desenvolvimento sustentável, o Parque busca atrair turistas e amantes da natureza através de atividades de ecoturismo, educação ambiental, pesquisas, camping, esportes de aventura, sempre em harmonia com a natureza e respeito ao meio ambiente.

Sejam bem-vindos!

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